domingo, 17 de junho de 2012

Esclarecimento...

             Muita gente tem pedido para que eu poste as respostas das atividades no blog, por isso quero esclarecer que não faço isso porque muitos de meus alunos visitam este blog e tendo as respostas publicadas eles copiariam ao invés de responderem sozinhos.
               Peço desculpas, mas acredito que o bom profissional é capaz de respondê-las...até porque muitas atividades encontro em outros blogs sem respostas também e nunca me importei, pois antes de trabalhar com os alunos sempre respondo-as da minha maneira...
               Portanto deixo claro que não posto as respostas das atividades, se algum professor as desejar é só pedir por e-mail, se possível mandarei com prazer...

Atividades sobre crase

CRASE - ATIVIDADES

CRASE ATIVIDADES sobre acento grave

Justifique a presença ou não do acento indicativo de crase:

1. Entreguei o boletim à professora.
2. Encontrei a porta da frente aberta.
3. Voltaremos a Portugal em janeiro.
4. Chegou àquela região árida em tempos de chuva.
5. Permaneceu à espera de outra chamada.
6. Fiz tudo às claras.
7. À proporção que falava surgiam-lhe novas idéias.
8. Não dê atenção a pessoas estranhas.
Utilize acento grave se necessário:
1. Fomos a paria a tarde.
2. Consertaram a estrada.
3. Visitou a Argentina e a Bolívia.
4. Retornarei a Itália e a Suíça.
5. Irei aquele cinema.
6. Refiro-me aquele professor de Matemática.
7. Gostava de estar entre as criancinhas.
8. Voltarei as nove horas.
9. Já não amava a moça.
10. Ofereceu uma rosa a namorada.
11. A noite desceu sobre a cidade.
12. É imensa a distância do sol a terra.
13. Tiveram de recorrer as armas.
14. Percorreu acidade de ponta a ponta.
15. As vezes pensamos não sermos capazes.
16. Voltei cedo a casa.
17. O deputado falou a respeito da reforma agrária.
18. Não devo explicações a ninguém.
19. Daqui a vinte Km, o viajante encontrará, logo a entrada do bosque, uma estátua que há séculos foi erguida em homenagem a deusa da floresta.
20. O sol nasce a leste.
21. O cigarro é prejudicial a saúde.

Redação: Tema- TRABALHO

Redação: Tema- TRABALHO

Os três textos abaixo apresentam diferentes visões de trabalho. O primeiro procura conceituar essa atividade e prever seu futuro. O segundo trata de suas condições no mundo contemporâneo e o último, ilustrado pela famosa escultura de Michelangelo, refere-se ao trabalho de artista. Relacione esses três textos e com base nas ideias neles contidas, além de outras que julgue relevantes, redija uma DISSERTAÇÃO EM PROSA, argumentando sobre o que leu acima e também sobre os outros pontos que você tenha considerado pertinentes.

TEXTO 1
O trabalho não é uma essência atemporal do homem. Ele é uma invenção histórica e, como tal, pode ser transformado e mesmo desaparecer.
(Adaptado de A.Simões)

TEXTO 2
Há algumas décadas, pensava-se que o progresso técnico e o aumento da capacidade de produção permitiriam que o trabalho ficasse razoavelmente fora de moda e a humanidade tivesse mais tempo para si mesma. Na verdade, o que se passa hoje é que uma parte da humanidade está se matando de tanto trabalhar, enquanto a outra parte está morrendo por falta de emprego.
(M. A. Marques)

TEXTO 3
O trabalho de arte é um processo. Resulta de uma vida. Em 1501, Michelangelo retorna de viagem a Florença e concentra seu trabalho artístico em um grande bloco de mármore abandonado. Quatro anos mais tarde fica pronta a escultura "David".
(Adaptado de site da Internet)



Seu texto deverá conter de 25 a 30 linhas.
Serão observados os seguintes aspectos:
DISSERTAÇÃO Pontuação
Adequação ao tema (2,0)
Conteúdo (2,0)
Coerência (concordância) (1,5)
Coesão (1,5)
Gramaticidade - ortografia, pontuação, (1,0)
Apresentação estética (1,0)
Linguagem (1,0)

Proposta de redação

Leia o texto abaixo, e siga a proposta de redação que poderá ser desenvolvida em duplas, para, posteriormente ser lida e avaliada.
Bafômetro "flagra" dois bombons de licor
Em teste supervisionado pela PM, aparelho acusou 0,21 mg de álcool, o suficiente para perder o direito de dirigir por 1 ano
Dois bombons com recheio de licor podem ser o suficiente para que o motorista leve uma multa de R$ 955, sete pontos na carteira de habilitação e suspensão do direito de dirigir por um ano, de acordo com a nova lei que regulamenta os níveis de tolerância de álcool. O teste, realizado em um bafômetro da Polícia Militar, foi feito imediatamente após o consumo dos doces - o que, segundo a PM, pode ter sido a causa de o equipamento ter acusado o alto teor (0,21 mg de álcool por litro de ar expelido).
Pela nova lei, a partir de 0,1 mg/l, o motorista está sujeito à multa e à suspensão da habilitação. Com mais de 0,3 mg/l, o condutor pode pegar detenção de até três anos.
                                                                                              (Texto adaptado da Folha de S. Paulo on line de 25 de junho de 2008)
Utilize-se das informações presentes no texto e elabore, com criatividade, humor e coerência, um texto em prosa narrando um episódio em que um personagem recebe infração por “consumo excessivo de bombons”.
Seu texto deverá apresentar traços descritivos e conter de 25 a 30 linhas. Poderás  utilizar-se  de discurso direto ou indireto, e você poderá optar por ser personagem ativo ou, apenas, observador.
Elabore um título bem oportuno e original. E... divirta-se!!!  BOMM TRABALHO!!!

domingo, 10 de junho de 2012

A NARRAÇÃO E A TROCA DE DISCURSO


A NARRAÇÃO E A TROCA DE DISCURSO

No discurso direto, o narrador introduz o personagem, geralmente, com um verbo de elocução e termina a frase com dois pontos. Em seguida, faz um novo parágrafo e coloca um travessão, seguido da fala do personagem. Já, no discurso indireto, o narrador conta o que o personagem disse.
Muitas vezes é conveniente transformar um discurso direto em indireto. É o que fazemos, normalmente, ao reproduzir um diálogo que presenciamos, com nossas palavras.
Veja como ficam algumas passagens de narrativas de nossa literatura, originalmente escritas em discurso direto, transpostas para o indireto.

Discurso direto
Discurso indireto
Aires pôs água na fervura, dizendo para o bacharel:
— Não vale a pena, moço; o que importa é que cada um tenha as suas idéias e se bata por elas, até que elas vençam.
(Machado de Assis, in Esaú e Jacó)
Aires pôs água na fervura, dizendo para o bacharel que não valia a pena. O que importava é que cada um tivesse as suas idéias e se batesse por elas, até que elas vencessem.

                   
  Observe, em negrito, as modificações realizadas no texto, resumidas no quadro abaixo:

Discurso direto
Discurso indireto
Uso de dois pontos, parágrafo e travessão, depois do verbo de elocução.
Ausência de pontuação depois do verbo de elocução, que vem seguido do conectivo que.
Verbos no presente do indicativo.
Verbos no perfeito ou imperfeito do indicativo.

A transformação de discurso, portanto, requer atenção especial no emprego dos tempos verbais, pontuação e algumas palavras como pronomes, advérbios e conectivos.


TEMPOS VERBAIS

Ao transformar o discurso direto em indireto, transcrevemos algo que alguém já disse. Logo, no discurso indireto, o tempo verbal será sempre passado em relação ao discurso direto. Observe alguns casos no quadro abaixo.

Discurso direto

Discurso indireto
Presente do indicativo

Pretérito perfeito ou imperfeito do indicativo
Pretérito perfeito do indicativo

Pretérito mais-que-perfeito simples ou composto
Imperativo

Pretérito imperfeito do subjuntivo
Futuro do presente do indicativo

Futuro do pretérito do indicativo



PRONOMES E ADVÉRBIOS

Pronomes e advérbios também são classes gramaticais que requerem alterações. Veja o exemplo a seguir.

Discurso direto

Discurso indireto
Justina olhou para Elza e disse:
Hoje não saio de casa.
— Não compreendo essa sua atitude.

Justina disse a Elza que aquele dia não sairia de casa e Elza respondeu que não compreendia aquela atitude dela.
Hoje (advérbio de tempo)

aquele dia
essa (pronome demonstrativo)

aquela
sua (pronome possessivo)

dela

Observe, ainda, que, além dos tempos verbais, pronomes e advérbios, é preciso estar atento à coesão textual, empregando corretamente os conectivos que unirão as falas que compõem o diálogo.
          

DISCURSO INDIRETO RELATADO

Na passagem do discurso direto para o indireto, é preferível que se liberte o máximo possível do texto original, fazendo um resumo com suas próprias palavras. É importante manter o significado primitivo do texto e corrigir os eventuais erros existentes.
Muitas vezes, e isto é comum nos vestibulares, é dado um discurso direto contendo erros ou vícios de linguagem, que devem ser eliminados na transposição para o discurso indireto.


EXERCÍCIOS

1.       Nos trechos abaixo, transforme o discurso direto em indireto e vice-versa, conforme o caso.
a)       “— Não furtei nada! — bradava o preso detendo o passo. É falso! Larguem-me!” (Machado de Assis, in Esaú e Jacó)

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b)       “Ao jantar Aurélia disse ao marido:
— Há mais de um mês que estamos casados. Carecemos pagar nossas visitas.” (José de Alencar, in Senhora)

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c)       “— Se quiser me chamar, basta apertar a campainha — diz o funcionário abrindo a porta ao novo cliente que entra pisando firme, majestoso.” (Lygia Fagundes Telles, in Seminário dos ratos)

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d)       “Ofélia perguntou devagar, com recato pelo que lhe acontecia:
— É um pinto?
Não olhei para ela.
— É um pinto, sim.” (Clarice Lispector, in Felicidade clandestina)

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Equilibristas? Não, somos professores!







Ser professor é algo tão grandioso que só sabe a dimensão disso quem exerce essa profissão, aliás, não é à toa que a palavra professor tem alguma semelhança com profissão. Todos precisam de professores, o médico, o advogado, o padre, o engenheiro, o arquiteto e outras várias profissões, necessitam de alguém que o conduza ao seu ofício, ao seu sonho. No dicionário, se procurarmos a palavra PROFESSOR e seu significado encontraremos tais definições:
s. m.
1. Aquele que ensina uma arte, uma ciência ou uma língua.
2. Executante de uma orquestra de primeira ordem.
3. Que professa publicamente as verdades religiosas.
4. Fig. Entendido, perito.
Somos parte de cada ser que por nós passou, que nos ouviu, nos deu sua atenção em troca de conhecimentos. Somos alguém responsável pela herança E acúmulo de saberes adquiridos através de nós. Somos guias, a mãe, o pai, o responsável ausente, 2º família, extensão do lar.
Nosso cotidiano não é nada fácil. Acordar cedo e enfrentar centenas de cabeças, cada uma com um pensar diferente do outro. E Há sempre uma alegria em nosso sorriso, mesmo que pouca, mas há sempre a alegria em um sorrido de “Bom dia!”, “Boa tarde!” ou “Boa noite!”, há sempre harmonia nas maratonas diárias de aulas. Entramos em sala de aula já munidos e armados de nossas propostas de ensino, de saberes, de experiências. Procuramos sempre trazer o mais moderno, o novo, o atual, o BUM que fará a diferença para o nosso aluno. Somos ingênuos e delicadamente preparamos nossas aulas, somo ingênuos sim... Pois não são todos que darão o valor que você quer ou espera ao preparar aquele belo material e bela aula, poucos...mas muito pouco mesmo será o reconhecimento que esperas. Mas bem sabemos que esse pouco ou único reconhecimento nos enche de uma força e que a mesma nos levará até o dia seguinte.
Hoje, somos até mais que pais para nossos alunos, passamos horas tentando fazer com ele, nosso aluno/filho perceba a importância de estudar, a importância de se estar ali. Além de ensinarmos ciências, matemática e português temos que ensinar por favor, muito obrigado, com licença, não sente-se assim, não diga isso com o seu colega, não isso, não aquilo. Temos que ser verdadeiros mestres da vida. Corrigimos, corrigimos e corrigimos. Estimulamos. Trabalhamos com pessoas... E não são poucas pessoas, temos que lidar com alunos, coordenadores, diretores, alunos, pais de alunos, colegas de trabalho, alunos. E cada cabeça é um mundo! O nosso dia é um verdadeiro espetáculo de equilíbrios, somos equilibristas, somos malabaristas, somos artistas circenses. Usamos máscaras e malabares para não atingir ninguém, não magoar ninguém. E assim vivemos movidos por uma força, que não é aceleração vezes massa, é uma força interior, algo divino, que nos mostra que apesar de todos as pedras, montanhas e penhascos encontrados ... Somos a mais nobre, culta, grandiosa faculdade. Damos vida aos saberes, diariamente.
O que não condiz com nosso ofício são as labaredas que apagamos, os leões que matamos dia após dia, a falta de respeito, a descrença, ignorância, a cegueira interna, a falta de sensibilidade de alguns que nos rodeiam, a falta absurda de educação mental, familiar e social, o descaso do governo. NÓS QUE FAZEMOS O QUE VOCÊ É HOJE.

Discurso direto e discurso indireto

Discurso direto e indireto
Quadro I
Quadro II
     A clara do ovo dentro d’água tomava a forma e o grupo gritava:
    _ Eh! Você vai viajar este ano, Dulce!
    A clara de ovo dentro d’água tomava a forma de um navio e o grupo gritava que Dulce iria viajar naquele ano.


        O trecho contido no Quadro I narra um momento, e o autor transcreve fielmente a fala da personagem (no caso, do grupo). Chama-se essa técnica de discurso direto.
        O discurso direto apresenta-se com:
·  Verbo de elocução (falar, perguntar, afirmar, responder, indagar, replicar, argumentar, pedir, implorar, comentar, exclamar, etc.)
·  dois-pontos;
·  Travessão (iniciando um novo parágrafo)

No Quadro II, é retratado o mesmo momento, só que a fala da personagem (grupo) torna-se conhecida através do narrador, que conta o que foi dito. É o discurso indireto.
No discurso indireto:
·  Eliminam-se os dois-pontos e o travessão;
·  Introduz-se a fala da personagem por meio de alguma palavra (geralmente que ou se);
·  Ocorrem mudanças nos verbos, em alguns advérbios e em alguns pronomes em decorrência da mudança de tempo da narrativa.
Questões
1 – Passe os trechos abaixo do discurso direto para o discurso indireto.
a)     _Os fogos são muito perigosos! – afirmou Dra. Marta. – No São João passado atendi aqui muitas crianças vítimas de queimadura.
Resposta:
        Dona Marte afirmou que os fogos são muito perigosos. No São João passado ela atendeu ali muitas crianças vitimas de queimadura.
b)     Maria anunciou:
        _ O casório já vai começar!
        _Já tou chegando! – gritou o noivo do outro lado do salão.
Resposta:
        Maria anunciou que o casório já ia começar e o noivo gritou do outro lado do salão que já estava chegando.
2 – Mude os trechos a seguir do discurso indireto para o discurso direto.
a) Vânia perguntou se naquele São João iriam soltar balões. A mãe explicou que os balões estavam proibidos porque poderiam provocar incêndios.
Resposta:
        Vânia perguntou:
        _ Vão soltar balões nesse São João?
        A mãe explicou:
        _ Os balões estão proibidos porque podem provocar incêndios.

b) Ana disse que fizera a canjica no dia anterior, em sua própria casa.
Resposta:
           Ana disse:
           _ Eu fiz a canjica ontem, em minha própria casa.

3- Escreva um diálogo, de preferência uma piada, e faça a devida pontuação:

Interpretação Textual

O rato que tinha medo  ( Millôr Fernandes)

     Um rato tinha medo de gato. Nisso não era diferente dos outros ratos.  Pavor, tremor, ânsia, vida incerta. Mas, igual a todos os outros de sua espécie, o nosso rato teve, no entanto, um fato diferente em sua vida – encontrou-se com um mágico.  Conversa via, conversa vem, ele explicou ao
mágico a sua sina e o seu pavor.  O mágico então transformou-o exatamente naquilo que ele mais temia e achava mais poderoso sobre a terra – um gato.  O rato, daí em diante, passou a perseguir os outros ratos mas adquiriu imediatamente medo horrível de cães.  E isso também não era diferente de todos os outros gatos.  A única diferença foi que tornou a se encontrar com o mágico.  Falou-lhe então do seu novo medo e foi transformado outra vez na coisa que mais temia.  Cão.  Cão, pôs-se logo a perseguir os gatos.   Mas passou a temer animais maiores, como leão, tigre, onça, boi, cavalo, tudo.  O mágico surgiu mais uma vez e resolveu transformá-lo, então, num leão, o mais poderoso dos animais.  Mas o nosso ratinho elevado assim à classe A da classe animal, passou porém a recear quando ouvia passo de caçador. Então o mágico chegou, transformou-o de novo num rato e disse, alto e em bom tom:
Moral: meu filho, quem tem coração de rato não adianta ser leão.
 
1.    Por que foi inútil transformar o rato em gato, cão e leão? 
2.    Qual o significado a moral da fábula? 
3.    Para ensinar ao filho que debaixo de uma bela “cara” pode esconder-se um mau coração, a mãe-rata poderia dizer dois provérbios seguintes, quais?
a)   Nem tudo que reluz é ouro.
b)   Ninguém está contente com a sua sorte.
c)   Por fora bela viola, por dentro pão bolorento.
d)   O que os olhos não vêem o coração não sente. 
 
          4.   Relembre a definição de fábula e assinale a segunda intenção desse texto.

a)    Contar uma história.
b)    Ensinar alguma coisa.
c)    Distrair os leitores.
d)    Explicar um provérbio.

                   5.  Defina com suas palavras conforme o que foi estudado o que é fábula.

Mensagem

Para Refletir
"Já perdoei erros quase imperdoáveis, tentei substituir pessoas insubstituíveis e esquecer pessoas inesquecíveis.
 Já fiz coisas por impulso, já me decepcionei com pessoas quando nunca pensei me decepcionar, mas também decepcionei alguém.
Já abracei para proteger, já dei risada quando não podia, fiz amigos eternos, amei e fui amado, mas também fui rejeitado, fui amado e não amei. 
Já gritei e pulei de tanta felicidade, já vivi de amor e quebrei a cara muitas vezes! 
Já chorei ouvindo música e vendo fotos, já liguei só para ouvir a voz, me apaixonei por um sorriso, já pensei que fosse morrer de tanta saudade, tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo)! Mas vivi! Viva! 
Não passo pela vida... você também não deveria passar! 
Bom mesmo é ir à luta com determinação, abraçar a vida e viver com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é muito curta para ser insignificante."
(Charles Chaplin)

sexta-feira, 8 de junho de 2012

PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS


PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS

Os processos de formação de palavras são as maneiras como os morfemas se organizam para formar as palavras. Os principais processosde formação são Derivação e Composição.

1. DERIVAÇÃO
Processo de formar palavras no qual a nova palavra é originada de outra chamada de primitiva. Os processos de derivação são:

* a) Derivação Prefixal
derivação prefixal é um processo de formar palavras no qual um prefixo,ou mais de um, são acrescentados à palavra primitiva.
Ex.: desfazer, impaciente, recolocar, autocontrole, propor, infeliz, vice-reitor, contraveneno, iletrado, reanimar, antimilitar, sobrecapa,  recompor (dois prefixos),

* b) Derivação Sufixal
derivação sufixal é um processo de formar palavras no qual um sufixo, ou mais de um, são acrescentados à palavra primitiva.
Ex.: realmente, folhagem, lealdade, patinho, cantador, jornaleiro,saudável, benzedura, matadouro, seminarista, cristianismo

* c) Derivação Prefixal e Sufixal
derivação prefixal e sufixal existe quando um prefixo e um sufixo são acrescentados à palavra primitiva de forma independente, ou seja, sem a presença de um dos afixos a palavra continua tendo significado.
Ex.: deslealmente ( des- prefixo e -mente sufixo ).
Pode-se observar que os dois elementos são independentes: existem as palavras desleal e lealmente.
Outros exemplos: infelizmenteinutilizardesnivelarincapacidade,ex-jogador

* d) Derivação Parassintética
derivação parassintética ocorre quando um prefixo e um sufixo são acrescentados à palavra primitiva de forma dependente, ou seja, os dois afixos não podem se separar, devem ser usados ao mesmo tempo, pois, sem um deles, a palavra não se reveste de nenhum significado.
Ex.: anoitecer ( a- prefixo e -ecer sufixo),
Neste caso, não existem as palavras anoite e noitecer, pois os afixos não podem se separar.
Outros exemplos: pernoitardescamisadoentristecerdesalmado,empobrecerapavoraresfarelaratapetarapoderarenraizar,subtarrâneo

* e) Derivação Regressiva
derivação regressiva existe quando morfemas da palavra primitivadesaparecem.
Ex.: mengo (flamengo), dança (dançar), portuga (português); moto (motocicleta), gel (gelatina), cine (cinema), fone (telefone), refri (refrigerante; boteco (botequim); micro (microcomputador); súper (supermercado); barraco (barracão); pneu (pneumático)

* f) Derivação Imprópria
derivação imprópria ocorre quando uma palavra comumente usada como pertencente a uma classe é usada como fazendo parte de outra.
Ex.: coelho (substantivo comum) usado como substantivo próprio em Daniel Coelho da Silva; verde geralmente como adjetivo (Comprei uma camisa verde.) usado como substantivo (O verde do parque comoveu a todos.)
Outros exemplos: gilete, bom-bril, sanduíche, havana, Cruz, Pereira, Leite, Machado, Flores

2. COMPOSIÇÃO
Consiste na formação de palavras pela junção de duas ou mais palavras (ou radicais).A composição pode ser de dois tipos: por justaposição ou por aglutinação.

* a) Composição por justaposição
Composição por justaposição ocorre quando as duas (ou mais) palavras que se juntam não perdem nenhum fonema, mantendo, por isso, a pronúncia que apresentam antes da composição.
Ex.: passatempo (passa + tempo) couve-flor (couve + flor); girassol (gira + sol) pé-de-moleque (pé + de + moleque); água-de-colônia (água+de+colônia); pontapé (ponta + pé)

* b) Composição por aglutinação
Composição por aglutinação ocorre quando, pelo menos, uma das palavras que se unem perde um ou mais fonemas, sofrendo, assim, uma mudança em sua pronúncia.
Ex.: petróleo (pedra + de + óleo) planalto (plano + alto); fidalgo (filho + de + algo) penalta (perna + alta); aguardente (água + ardente) embora (em + boa + hora)

* Existem outros processos de formação de palavras, mas que não são tão frequentes como os anteriores::

HIBRIDISMO
hibridismo consiste na formação de palavras pela junção de radicais de línguas diferentes.
Ex.: automóvel (grego + latim); biodança (grego + português); zincografia (alemão + grego); sociologia (latim + grego); alcoômetro (árabe + grego)

ONOMATOPEIA
A onomatopeia consiste na formação de palavras pela imitação de sons e ruídos.
Ex.: triiim, chuá, bué, ping-pong, miau, tic-tac, zunzum, bang-bang, fonfom

SIGLAÇÃO
Consiste na redução ou derivação de nomes ou expressões a partir de siglas e/ou abreviaturas.
Ex.: Ibama, Inpa, Embrapa, petista, pedetista, emedebista, inapiário

ESTRUTURA DAS PALAVRAS


ESTRUTURA DAS PALAVRAS

As palavras são compostas por unidades e podem ser decompostas emelementos menores, chamados de morfemas ou elementos mórficos. Cada elemento mórfico (ou morfema) recebe um nome especial e exerce uma função específica na estrutura da palavra.

1 RADICAL
Radical é o elemento responsável pelo significado básico das palavras. É um elemento que normalmente não se altera. Quando várias palavras possuem o mesmo radical, são chamadas de cognatas ou palavras damesma família etimológica.
Ex.: terra, terreno, terreiro, terrinha, enterrar, terrestre, desterro, soterrar, aterrado ...
dente, dentado, dentinho, dentadura, dentário, denticulado, dentifrício,dentista, dentuça, desdentado, dental, dentiforme ...

2 AFIXOS
Os afixos são as partículas que se anexam ao radical para formar outras palavras. Existem dois tipos de afixos:

Prefixos: que são colocados antes do radical.
Ex.: desleal, autocontrole, rever, desumano, supermercado, propor, ilegal

Sufixos: que são colocados depois do radical.
Ex.: folhagem, legalmente, goiabada, pedreiro, sofrível, casamento, modernismo

Os afixos são acrescentados às palavras a fim de:
* 1. mudar o significado da palavra:
Ex.: fazer – desfazer;  feliz – infeliz;  mortal – imortal
* 2. acrescentar uma idéia secundária à palavra:
Ex.: gordo – gorducho, livro – livreco, casa – casarão
* 3. alterar a classe gramatical da palavra:
Ex.: legal – legalizar, belo – beleza

3 VOGAL E CONSOANTE DE LIGAÇÃO
São vogais ou consoantes que entram na formação das palavras para facilitar a pronúncia. Existem, em algumas palavras, por necessidade fonética. Não são elementos significativos, ou seja, não interferem na significação da palavra.
Ex.: café t eira, capin z al, gas ô metro, chá l eira, alv i negro pont i agudo, rod o via, rei z inho, mortal i dade, refei t ório

4 VOGAL TEMÁTICA
Vogal Temática junta-se ao radical para receber outros elementos. Fica entre dois morfemas. Existe vogal temática em verbos e em alguns nomes. Nos verbos, serve para indicar a conjugação a que eles pertencem (1ª , 2ª ou 3ª ). Nos nomes, apenas acompanham o radical.
Ex.: cant a r  (verbo da 1ª conjugação); beb e r  (verbo da 2ª conjugação); part i r  (verbo de 3ª conjugação); ros a,  sal a, banc o, pedr a, trist e, livr o .

5 TEMA
Dá-se o nome de Tema à união do radical com a vogal temática.
Ex.: canta r ; vende r; parti r

6 DESINÊNCIAS
Desinências são morfemas colocados no final das palavras para indicar flexões verbais ou nominais. As desinências podem ser:

Nominais: quando indicam gênero e número de nomes (substantivos, adjetivos, pronomes, numerais ).
Ex.: casa - casas, gato – gata, filho – filha

Verbais: quando indicam número, pessoa, tempo e modo dos verbos. Existem três tipos de desinências verbais:

a) desinência modo-temporal (DMT) : indica o modo e o tempo do verbo;
Ex. se nós corrêssemos; tu corrias; nós jogávamos

b) desinência número-pessoal (DNP): indica a pessoa e o número do verbo;
Ex.: nós corremos; se eles corressem; tu cantas

c) desinência verbo-nominal: indica as formas nominais dos verbos (infinitivo, gerúndio e particípio).
Ex.: beber, correndo, partido