quinta-feira, 28 de abril de 2011

Artes

Compreenção e interpretação

OS PIRATAS EXISTEM!

Na nossa segunda volta ao mundo na trilha de Magalhães, (1997-2000) enfrentamos em nossa rota muitos perigos, ao passarmos por regiões onde aconteciam ataques de piratas. Fomos vítimas de uma tentativa, mas conseguimos fugir.
Muitas pessoas, e mesmo navegadores sem conhecimento ou informações atualizadas, acham que o assunto é ficção, mas o perigo é real e está aumentando pelos mares do mundo. Os piratas atacam veleiros, barcos de mergulho e navios de carga. Mas o mais recente ataque foi a um navio de cruzeiro!
Na semana passada, no dia 5 de novembro, o navio Seabourn Spirit navegava pelo noroeste da África, no oceano Índico, na costa da Somália quando foi atacado por dois pequenos barcos com piratas armados.
O incidente ocorreu no início da manhã, por volta das 05:30. Os passageiros foram acordados com o barulho de tiros e explosões de granadas. O capitão Sven Erik Pedersen ordenou que todos os passageiros fossem imediatamente para o salão principal, na área interna do navio, para ficarem protegidos, longe da área aberta, exposta ao perigo. O capitão fez de tudo para evitar que os piratas subissem a bordo.
A tripulação do navio iniciou imediatamente ações de proteção e ações evasivas utilizando armas sônicas, e os homens armados dos dois pequenos barcos não tiveram como subir a bordo. O navio, então, saiu da área de risco.
O Seabourn Spirit tinha, no momento do ataque, 151 passageiros e 161 tripulantes. Destes, apenas um tripulante foi levemente ferido por estilhaços. O navio sofreu apenas arranhões na pintura e pequenos amassados que não comprometem sua estrutura.
O cruzeiro estava se dirigindo para Mombasa, no Quênia, o último destino de um roteiro de 16 noites que saiu de Alexandria, no Egito. O último destino foi mudado para as ilhas Seicheles.
Nesse mesmo local, em 1993, o veleiro Serenité de amigos nossos franceses, foi atacado por piratas e seu proprietário foi baleado e morreu ao tentar evitar o ataque e defender sua tripulação.
As empresas que têm navios que passam por esta região deverão evitar estes locais por um bom tempo para a segurança de seus hóspedes.

1) O texto fala sobre aventuras vividas no mar.
a) Qual é o ambiente onde essas aventuras são vividas? Descreva-o de acordo com as pistas que o texto oferece.

b) O texto cita duas referências do tempo em que esses episódios aconteceram.
• O que aconteceu entre os anos de 1997 e 2000?
• O que aconteceu em 5 de novembro?
• O fato que aconteceu no dia 5 de novembro é referente a que ano?

c) O texto fala sobre diversas pessoas.
• Quem eram os personagens envolvidos no episódio que ocorreu entre 1997 e 2000?
• Quem eram os personagens envolvidos no episódio que ocorreu em 5 de novembro?

2) As aventuras narradas no texto são reais ou ficcionais?
Retire do texto um trecho que comprove sua resposta.

3)Qual é a intenção dos piratas ao atacarem as embarcações?
     

4) Leia o trecho abaixo, que foi retirado do 4° parágrafo:
" O incidente ocorreu no início da manhã, por volta das 05:30."
• A que incidente o trecho está se referindo?

5) O texto é narrado por Heloísa. No entanto, no 1° parágrafo ela usa várias palavras que dão idéia de que ela não estava sozinha ao vivenciar aquela experiência.
• Grife, no texto, todas as palavras que confirmam essa afirmativa.
• Reescreva o 1° parágrafo como se você estivesse narrando a aventura de Heloísa e de sua família. 

                                                            Retirado da net...só não lembro de que blog...perdoem-me.

sábado, 16 de abril de 2011

Interpretação 8ª série

* Leia a crônica de Marina Colasanti e responda as questões propostas.
 
DE QUEM SÃO OS MENINOS DE RUA?

Eu, na rua, com pressa, e o menino segurou no meu braço, falou qualquer coisa que não entendi. Fui logo dizendo que não tinha, certa de que ele estava pedindo dinheiro. Não estava. Queria saber a hora.
Talvez não fosse um Menino De Família, mas também não era um Menino De Rua. É assim que a gente divide. Menino De Família é aquele bem-vestido com tênis da moda e camiseta de marca, que usa relógio e a mãe dá outro se o dele for roubado por um Menino De Rua. Menino De Rua é aquele que quando a gente passa perto segura a bolsa com força porque pensa que ele é pivete, trombadinha, ladrão.
Ouvindo essas expressões tem-se a impressão de que as coisas se passam muito naturalmente, uns nascendo De Família, outros nascendo De Rua. Como se a rua, e não uma família, não um pai e uma mãe, ou mesmo apenas uma mãe os tivesse gerado, sendo eles filhos diretos dos paralelepípedos e das calçadas, diferentes, portanto, das outras crianças, e excluídos das preocupações que temos com elas. É por isso, talvez, que, se vemos uma criança bem-vestida chorando sozinha num shopping center ou num supermercado, logo nos acercamos protetores, perguntando se está perdida, ou precisando de alguma coisa.
Mas se vemos uma criança maltrapilha chorando num sinal com uma caixa de chicletes na mão, engrenamos a primeira no carro e nos afastamos pensando vagamente no seu abandono.
Na verdade, não existem meninos De Rua. Existem meninos NA rua. E toda vez que um menino está NA rua é porque alguém o botou lá. Os meninos não vão sozinhos aos lugares. Assim como são postos no mundo, durante muitos anos também são postos onde quer que estejam. Resta ver quem os põe na rua. E por quê.
No Brasil temos 36 milhões de crianças carentes. Na China existem 35 milhões de crianças superprotegidas. São filhos únicos resultantes da campanha Cada Casal um Filho, criada pelo governo em 1979 para evitar o crescimento populacional. O filho único, por receber afeto "em demasia", torna-se egoísta, preguiçoso, dependente, e seu rendimento é inferior ao de uma criança com irmãos. Para contornar o problema, já existem na China 30 mil escolas especiais. Mas os educadores admitem que "ainda não foram desenvolvidos métodos eficazes para eliminar as deficiências dos filhos únicos".
O Brasil está mais adiantado. Nossos educadores sabem perfeitamente o que seria necessário para eliminar as deficiências das crianças carentes. Mas aqui também os "métodos ainda não foram desenvolvidos".
Quando eu era criança, ouvi contar muitas vezes a história de João e Maria, dois irmãos filhos de pobres lenhadores, em cuja casa a fome chegou a um ponto em que, não havendo mais comida nenhuma, foram levados pelo pai ao bosque, e ali abandonados. Não creio que os 7 milhões de crianças brasileiras abandonadas conheçam a história de João e Maria. Se conhecessem talvez nem vissem a semelhança. Pois João e Maria tinham uma casa de verdade, um casal de pais, roupas e sapatos. João e Maria tinham começado a vida como Meninos De Família, e pelas mãos do pai foram levados ao abandono.
Quem leva nossas crianças ao abandono? Quando dizemos "crianças abandonadas" subentendemos que foram abandonadas pela família, pelos pais. E, embora penalizados, circunscrevemos o problema ao âmbito familiar, de uma família gigantesca e generalizada, à qual não pertencemos e com a qual não queremos nos meter. Apaziguamos assim nossa consciência, enquanto tratamos, isso sim, de cuidar amorosamente de nossos próprios filhos, aqueles que "nos pertencem".
Mas, embora uma criança possa ser abandonada pelos pais, ou duas ou dez crianças possam ser abandonadas pela família, 7 milhões de crianças só podem ser abandonadas pela coletividade. Até recentemente, tínhamos o direito de atribuir esse abandono ao governo, e responsabilizá-lo. Mas, em tempos de Nova República*, quando queremos que os cidadãos sejam o governo, já não podemos apenas passar adiante a responsabilidade. A hora chegou, portanto, de irmos ao bosque, buscar as crianças brasileiras que ali foram deixadas.

(COLASANTI, Marina. A casa das palavras. São Paulo: Ática, 2002.)

a) A que Gênero Textual esse texto pertence?


b) Qual o objetivo desse texto?



2- Elabore um comentário sobre a crônica de Marina Colasanti, a partir das frases "Não existem meninos de rua. Existem meninos na rua."


3. Quais os tipos de meninos a que a autora se refere no texto? E como ela os diferencia?


4. De acordo com o texto de quem seria a culpa por existir tantas crianças abandonadas no Brasil?


5. Indique uma possível solução para esse problema brasileiro?










sexta-feira, 8 de abril de 2011

Momento de lazer...

Classes Gramaticais


Classes gramaticais

Para que fique bem claro para você o que vem a ser a função (morfológica ou sintática) de uma palavra, vamos partir do concreto, do real. Vamos imaginar a existência de um determinado jovem. Suponha que você queira classificar esse jovem, dar a função dele. Mas, acontece que, no dia-a-dia, esse jovem participa de diferentes atividades. Ele, pro exemplo, estuda, tem uma família, toca em uma banda de rock e, às vezes, joga futebol.
Você só tem condições de indicar a função desse jovem, se considerá-lo dentro de um dos grupos dos quais faz parte. Assim, por exemplo:
— na escola, ele tem a função de aluno;
— na família, tem a função de filho;
— na banda de rock, de baterista;
— no time de futebol, de goleiro.
Repare que ele tem funções diferentes, dependendo do grupo que você estiver considerando. Repare também que o fato de ele ter certa função em um dos grupos não impede que ele tenha outra função em outro grupo. Ele exerce funções diferentes, dependendo do tipo de análise que se faça.
Isso acontece também com as palavras, elas têm diferentes funções, diferentes classificações. Isso quer dizer que podemos fazer diferentes análises das palavras. As duas principais análises a que podemos submeter uma palavra são a análise morfológica e a análise sintática.
Inicialmente, vamos estudar as palavras sob o ponto de vista da função morfológica que ela pode ter, isto é, vamos estudar as dez classes gramaticais.

As dez classes gramaticais são:
Substantivo
Artigo
Adjetivo
Pronome
Numeral
Verbo
Advérbio
Preposição
Conjunção
Interjeição

Nesta seção, nós estudaremos o substantivo e o adjetivo.


O substantivo

Substantivo é a palavra que denomina os seres. E pode ser:

Comum: quando denomina todos os seres de uma mesma espécie.
Ex: homem, país, planeta.

Próprio: quando denomina um ser de uma determinada espécie.
Ex: Marcelo, Itália, Terra.

Concreto: quando indica os seres concretos, tudo aquilo que se pode ver.
Ex: homem, cão, escola.

Abstrato: indica qualidades, sentimentos, sensações, ações, estados.
Ex: velocidade, amor, dor, viagem, vida.

Primitivo: que não se origina de outra palavra.
Ex: café, rico, velho.

Derivado: forma-se a partir de outra palavra.
Ex: cafezal, riqueza, velhice.

Simples: formado por uma única palavra.
Ex: chuva, amor, flor.

Composto: formado por mais de uma palavra.
Ex: guarda-chuva, amor-prefeito, couve-flor.

Coletivo: quando, mesmo estando no singular, exprime a idéia de conjunto de seres da mesma espécie.
Na relação abaixo, você tem alguns coletivos:

Acervo: obras de arte
Alcatéia: lobos
Antologia: trechos de leitura
Armada: navios de guerra
Bando: aves, crianças
Cáfila: camelos
Cambada: vadios, malvados
Corja: vadios, malfeitores
Elenco: atores, artistas
Fauna: animais de uma região
Flora: vegetais de uma região
Horda: invasores
Manada: bois, elefantes
Matilha: cães
Rebanho: ovelhas, gado em geral
Turma: alunos, trabalhadores
Vara: porcos

Flexões do substantivo

O substantivo pode se flexionar (variar) em:
— gênero: feminino e masculino
— número: singular e plural
— grau: aumentativo e diminutivo

Os gêneros do substantivo

Os substantivos, quanto ao gênero, são masculinos ou femininos. Quanto às formas, eles podem ser:

Biformes: são os que apresentam duas formas, uma para o masculino, outra para o feminino, com apenas um radical.
Ex: menino – menina, traidor - traidora.

Substantivos heterônimos: são os que apresentam duas formas, uma para o masculino, outra para o feminino, com dois radicais diferentes.
Ex: homem – mulher, bode - cabra.

Substantivos uniformes: são os que apresentam apenas uma forma, para ambos os gêneros. Os substantivos uniformes recebem nomes especiais, que são os seguintes:

Os comuns-de-dois de dois gêneros: são os que têm uma só forma para ambos os gêneros, com artigos distintos.
Ex: o / a estudante, o / a imigrante.

Sobrecomuns: são os que têm uma só forma e um só artigo para ambos os gêneros:
Ex: o cônjuge, a criança.

Epicenos: são os que têm uma só forma e um só artigo para ambos os gêneros de certos animais, acrescentando as palavras macho e fêmea, para se distinguir o sexo do animal.
Ex: a girafa, a andorinha.

O número do substantivo

Substantivos terminados em vogal ou ditongo oral acrescenta-se o S.
 Ex: gato – gatos, série – séries.

Substantivos terminados em m troca-se o m por NS.
Ex: item – itens, álbum – álbuns.

Substantivos terminados por ÃO troca-se por ÕES, ÃES, ÃOS.
Ex: aldeão – aldeões, alemão – alemães, irmão – irmãos.

 Substantivos terminados por R ou Z acrescenta-se ES.
Ex: colher – colheres, paz – pazes.


Substantivos terminados por S quando oxítonas ou monossílabos tônicos acrescenta-se ES.
Ex: ás – ases, freguês – fregueses.

Substantivos terminados por S quando paroxítonos ficam invariáveis.
Ex: o lápis – os lápis, o vírus – os vírus.

Substantivos terminados por X são invariáveis.
Ex: o clímax – os clímax, o tórax – os tórax.

Substantivos terminados por AL, EL, OL, e UL troca-se por IS.
Ex: varal – varais, túnel – túneis, anzol – anzóis, azul – azuis.

Substantivos terminados por IL quando oxítonos troca-se por IS.
Ex: barril – barris, cantil – cantis.

Substantivos terminados por IL quando paroxítonos troca-se por EIS.
Ex: fóssil – fósseis, projétil – projéteis.

Plural dos substantivos compostos

Substantivo composto não separado por hífen: acrescenta-se o s.
pontapé – pontapés, passatempo – passatempos.

Só o primeiro elemento vai para o plural:

- nos substantivos compostos ligados por preposição.
Ex: pés-de-moleque, mulas-sem-cabeça.

- nos substantivos compostos por dois substantivos, em que o segundo caracteriza o primeiro.
 Ex: mangas-rosas, pombos-correio.

Só o ultimo elemento vai para o plural:

- nos substantivos com os prefixos grão, grã, e bel.
Ex: grão-duques, grã-cruzes, bel-prazeres.

- nos substantivos compostos formados por verbos ou palavras invariáveis, seguidas de substantivo ou adjetivo.
Ex: ex-diretores, beija-flores.

- nos substantivos ligados por três ou mais elementos não ligados por preposição. Ex: bem-me-queres.

- nos substantivos compostos cujos elementos aparecem dobrados.
Ex: tico-ticos, reco-recos.



Os dois elementos vão para o plural:

- nos substantivos formados por substantivo+substantivo.
 Ex: cartas-bilhetes

- nos substantivos formados por substantivo+adjetivo.
Ex: amores-perfeitos

- nos substantivos formados por adjetivo+substantivo.
 Ex: gentis-homens

Ficam invariáveis os substantivos:

- compostos por frases substantivas.
Ex: os bumba-meu-boi

- compostos por verbo+palavra invariável.
Ex: os ganha-pouco

- compostos por verbos de sentido oposto.
 Ex: os vai-e-volta

 O grau do substantivo

Grau aumentativo

Aumentativo analítico: acontece quando se usa o substantivo junto a um adjetivo que indique aumento.
Ex: casa grande, nariz imenso.

Aumentativo sintético: acontece quando o substantivo recebe sufixos que indiquem aumento.
Ex: cabeça – cabeção.

Grau diminutivo

Diminutivo analítico: acontece quando se emprega junto ao substantivo um adjetivo que indique diminuição.
 Ex: casa pequena, nariz pequeno.

Diminutivo sintético: acontece quando o substantivo recebe sufixos que indiquem diminuição.
Ex: casinha, narizinho.

Adjetivo

Adjetivo é uma palavra variável que qualifica o substantivo ou palavra substantivada.



Flexões do adjetivo

Como o adjetivo concorda sempre com o substantivo, sofrerá as mesmas flexões que ele: gênero, número e grau.

O gênero do adjetivo

 Quanto ao gênero, os adjetivos podem ser:

Biforme: possui duas formas, uma para indicar cada gênero.
Ex.: garoto bonito, garota bonita.

Uniforme: possui apenas uma forma para indicar os dois gêneros.
 Ex.: aluno inteligente, aluna inteligente.

Nos adjetivos compostos, somente o gênero do último elemento varia.
Ex.: sapato azul-claro/ sandália azul-clara

Flexão de Número

Os adjetivos simples seguem as mesmas regras dos substantivos simples para flexionarem em número.
Ex.: útil - úteis, feroz - ferozes.

Adjetivos compostos: só o segundo elemento varia.
Ex.: sapato marrom-escuro - sapatos marrom-escuros.

Quando o segundo elemento do adjetivo composto for um substantivo, o adjetivo permanecerá invariável. Isso acontece principalmente para adjetivos que indicam cor.
Ex.: sofá marrom-café/ sofás marrom-café.

O adjetivo composto surdo-mudo varia os dois elementos: surdos-mudos

Flexão de Grau

A flexão de grau corresponde à variação em intensidade da qualidade expressa pelo adjetivo.

Grau comparativo

  Igualdade
  Ex.: Este cão é tão feroz quanto aquele.

  Superioridade.
  Ex.: Este cão é mais feroz que aquele.

  Inferioridade.
  Ex.: Este cão é menos feroz que aquele.

Grau superlativo

Absoluto sintético.
Ex.: Este cão é ferocíssimo.
Absoluto analítico.
Ex.: Este cão é muito feroz.

Relativo
Superioridade:
 Ex.: Este cão é o mais feroz do bairro.
Inferioridade:
Ex.: Este cão é o menos feroz do bairro

Locução adjetiva: é uma expressão que equivale a um adjetivo. Geralmente é constituída de preposição e substantivo ou preposição e advérbio.
Ex.: mesa de madeira, casa da frente.